domingo, 5 de fevereiro de 2017

LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) TEM CURA???


Achei muito importante compartilhar com vocês esta matéria da Dra. Luciana Cristino, por ser muito responsável e consciente, em um momento em que a liberação da importação no Brasil do Milteforan vem sendo tratado como milagroso e único caminho para "cura" da Leishimaniose. Infelizmente pelo auto custo, ele ainda não está acessível para que todos possam se utilizar dele. Então, segue a matéria de suma importância para esclarecimentos.

    Eis uma pergunta que todos gostaríamos de responder: “Sim”.
    Devemos ter muito cuidado e precisamos ser bastante criteriosos ao falarmos de tratamento de LVC. A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos. É o inseto infectado (vetor) que transmite a doença de um animal para outro, não se pega leishmaniose de cães e outros animais.
    A Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de pequenos animais de Minas Gerais (Anclivepa-MG) realizou em 1997 o I Simpósio Internacional de LVC em BH (Simpósio este, que continua sendo realizado todos os anos, durante 3 dias consecutivos). A partir deste ano a Anclivepa MG divulgou os protocolos de tratamento existentes na literatura médica veterinária, para todo o Brasil. Protocolos que são adotados desde então, por profissionais corajosos e conscienciosos que se recusaram a simplesmente eutanasiar, como recomendava a contestada portaria interministerial. Após décadas de luta, em agosto de 2016, o governo finalmente permitiu a importação de um medicamento utilizado há anos na Europa, com bons resultados, e que será mais um na terapêutica (tratamento) da LVC.
    Existem muitos protocolos de tratamento, onde há uma associação de medicamentos, mas nenhum dos protocolos garante eficácia de 100%. A cura que se consegue em LVC é uma CURA CLÍNICA. O tipo de terapêutica a ser instituída depende da avaliação clínica e dos resultados dos exames solicitados pelo Médico Veterinário, e é individual, não podendo ser generalizada, pois como já é sabido cada organismo reage de uma maneira (e o custo também é bastante variado, indo dos mais baratos aos mais dispendiosos).
    A LVC é uma doença complexa, que além do tratamento requer medidas profiláticas e educativas e que exige controle periódico e cuidado constante com a saúde do cão, mesmo que ele aparente “estar saudável”, pois não podemos colocar em risco a saúde humana. É preciso saber que os animais infectados, mesmo tratados, serão portadores do parasita o restante de suas vidas e deverão ser mantidos sob rígido controle, com contínuo acompanhamento médico veterinário e com a realização de exames laboratoriais periódicos, para verificar se o animal realmente mantém-se não infectante e saudável. Existem estudos já comprovados que mostram que um animal infectado em tratamento pode se tornar não transmissor da doença para o inseto.
    Muito ainda há que se descobrir a respeito da LVC, por isto qualquer que seja a terapêutica adotada, é fundamental estarmos alertas e sempre vigilantes com o cão em tratamento. O mais importante, quando abordamos o tratamento da Leishmaniose, é o comprometimento do proprietário e do profissional, pois o tratamento exige controle constante e para o resto da vida.
    O melhor é sempre prevenir (vacinas, repelentes específicos e medidas educativas).
    Procure sempre se orientar com profissionais idôneos e que sejam de sua confiança. A informação correta é a melhor arma."

terça-feira, 21 de junho de 2016

UFMG DESENVOLVE VACINA CONTRA LEISHMANIOSE VISCERAL

Uma noticia maravilhosa que fazemos questão de reproduzir. Um alento para tantos donos de cães que são obrigados a submeter seus animais a eutanásia quando a vigilância sanitária faz autuações.




Uma vacina que pode significar o fim da eutanásia dos cães nos casos de leishmaniose visceral, além de reduzir o potencial de disseminação da doença, está sendo desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em vez da imunização, ela promete impedir que o cachorro infectado se mantenha como reservatório do protozoário que causa a doença, impedindo sua transmissão para outros cachorros e, até mesmo, para humanos. Com isso, o cão contaminado deixa de ser considerado um risco à saúde pública e pode ser submetido a tratamento, o que atualmente não é recomendado pelo Ministério da Saúde.


A abordagem da pesquisa para controlar a disseminação de leishmaniose visceral, conduzida pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFMG em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio da Fapemig, CNPq e Ministério da Saúde, é inédita. Segundo o professor Rodolfo Cordeiro Giunchetti, coordenador dos estudos, a vacina tem na composição o antígeno do próprio inseto. Ela usa uma proteína do flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito-palha, para gerar no cão anticorpos que inibam as etapas de desenvolvimento do inseto. Assim, quando a fêmea picar o cão infectado em busca do seu sangue, ela não seria infectada e, portanto, não poderia transmitir o protozoário causador da leishmaniose. “Há indícios de que o hospedeiro infectado vacinado bloqueia a infecção no inseto, o que interromperia o ciclo de transmissão, de modo que ele não conseguiria infectar novos cães ou mesmo o homem”, avalia o pesquisador.


“O primeiro resultado mostrou que as fêmeas de flebotomíneos que se alimentam do sangue do cão vacinado diminui em 47% o número de ovos que colocaria na natureza. Isso quer dizer que, ao longo dos anos, poderíamos controlar o número de flebotomíneos (mosquito-palha)”, explicou Giunchetti. Segundo o professor, reduzir a quantidade de mosquito-palha é um grande ganho, já que a forma de exterminá-lo não é tão objetiva como as medidas para combater o Aedes aegypti, por exemplo. Isso porque, enquanto o mosquito transmissor da dengue se reproduz na água parada, o vetor da leishmaniose usa matéria orgânica.

Bom desempenho 

A pesquisa começou a ser feita com roedores e o estudo controlado mostrou que, além dos efeitos apresentados no ciclo de transmissão da doença, não havia efeitos colaterais. Ao testar em cães, a equipe científica confirmou os resultados. A vacina vem apresentando bom desempenho nos diferentes testes. Segundo o professor, parte do ciclo do protozoário Leishmania chagasi se desenvolve no trato digestório do inseto, até ele chegar a uma forma infectante capaz de transmitir para cães e homens. É nesse foco que o pesquisador trabalhou, diferentemente de outras vacinas tradicionais. “Essa tem uma nova característica de favorecer o cão. Mesmo que ele fique doente, poderá permanecer na área endêmica e não precisa ser submetido a eutanásia pois não ofereceria risco à saúde. Não há ninguém no mundo que trabalhe com essa abordagem para controlar a leishmaniose visceral”, garante.

Os sintomas da leishmaniose nos cães são perda de apetite, lesões de pele, emagrecimento crônico e prostração. Na forma visceral, ela compromete órgãos vitais, como rins, fígado, baço e medula óssea, podendo levar à morte do animal. Embora já tenha havido decisões judiciais contra a eutanásia, a recomendação do Ministério da Saúde é sacrificar o cão contaminado para que ele deixe de ser um reservatório do protozoário que causa a leishmaniose. Isso se torna um problema na medida em que os cachorros ganharam um status tal na sociedade que se tornaram como membros da família.

O professor afirma que, independentemente do tratamento que é feito em algumas clínicas, o animal continua com o parasito no sangue e, por isso, oferece risco à saúde. “Pesquisadores da área acreditam que o cão sendo submetido a tratamento pode, inclusive, gerar um parasito ainda mais virulento. O animal melhora clinicamente, mas se mantém com o status de reservatório. Pensando em dar uma contribuição para amenizar isso e dar uma alternativa à eutanásia é que estamos trabalhando no desenvolvimento da vacina”, afirma Rodolfo Cordeiro Giunchetti.

Sistema imune 
A única vacina no mercado contra leishmaniose hoje é a Leish-Tec, desenvolvida também pela UFMG, mas ela tem proteção de 96%. Já houve também a leishmune, mas ela teve a comercialização proibida. De acordo com o pesquisador, não existe nas próximas décadas perspectiva de uma vacina que proteja 100% dos cães, porque os protozoários têm vários mecanismos de escape do sistema imune. A vacina que está sendo desenvolvida agora não substitui a já existente, pois ela não previne a doença. Ela pode, por exemplo, ser aplicada em cães que forem diagnosticados com leishmaniose, de modo que eles não precisarão ser mortos. Mas também pode ser associada à Leish-Tec, fazendo com que, caso o animal venha a ter o protozoário, não seja um transmissor da doença.

Um dos perigos de se manter cães infectados é que a doença também pode atingir os humanos. No homem, a leishmaniose visceral causa alteração nas vísceras, como fígado, baço e medula óssea, causando um abalo muito grande no sistema imune. “A pessoa pode ficar mais propensa a uma série de infecções e, com isso, morrer, por exemplo, de pneumonia. A própria infecção já causa uma alteração renal gravíssima que pode levar à falência do órgão”, explica o professor.

Para Rodolfo Giunchetti, o problema é que o diagnóstico da leishmaniose humana é lento, pois há poucos profissionais preparados para fazê-lo e o tratamento é negligenciado. “A indústria farmacêutica não tem muito interesse em desenvolver remédios porque a doença é restrita a países pobres. Mesmo na Europa, onde existe leishmaniose, ela não é considerada de importância para a saúde pública porque lá somente um grupo especial pode desenvolver a doença, os pacientes com HIV”, diz. No Brasil, os idosos, moradores de regiões mais pobres e crianças subnutridas são os principais alvos da doença.

Para a vacina chegar ao mercado, o professor Rodolfo Giunchetti está em busca de parcerias com o mercado já que houve um grande corte no financiamento do governo para as pesquisas em razão da crise econômica. “Não temos um horizonte favorável para novos editais, acho que levaria mais de cinco anos para produzir, a não ser que eu consiga uma parceria com alguma empresa. A expectativa é de que haja interesse”, afirmou.


Publicação: Juliana Cipriani
18/06/2016 



segunda-feira, 20 de julho de 2015

VACINA LEISHMUNE FORA DO MERCADO






O Ministério da Agricultura suspendeu a vacina  Leishmune fabricada pela Zoetis Brasil. Mas o que essa medida ocasiona para os animais que já começaram o tratamento com a mesma?

As duas marcas não são compatíveis e quem já havia aplicado alguma dose no seu cão terá que reiniciar o tratamento com a outra disponível no mercado, isto é, a  Leishtech.

São 3 doses ao total, com um custo elevado, cerca de R$ 160,00 a dose.

Por um lado, é um absurdo suspender sem um prévio aviso um determinado medicamento. Por outro, não adianta se meter em calorosas discussões e deixar seu amiguinho desprotegido, mesmo sabendo que a garantia de proteção seja cerca de 96%, o que convenhamos é melhor que nada.

Portanto, fiquem atentos e se certifiquem que a vacina utilizada é a que está autorizada a ser utilizada no mercado.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

É CHEGADA HORA DE DEIXAR ELES PARTIREM....



Uma matéria veiculada na Globo me tocou profundamente e de uma forma que me fez pensar no pior pesadelo para os amantes de cães: Quando chega a hora em que você não tem outra saída a não ser se despedir deles e deixá-los partir com um pouco de dignidade e sem sofrimento.

Por várias vezes, quem acompanhou minhas postagens viu uma posição radical contra a eutanásia. Eu mesma, depois de passado todo o sofrimento da morte da minha pequena Mel, vejo que eu acabei impondo a ela uma luta cruel contra uma batalha quase perdida para tentar salvá-la, porque eu me recusava a deixá-la partir.

Sou contra sim, a eutanásia imposta pelo governo por se recusar a permitir o tratamento de doenças que são tratada no mundo inteiro, como a Leishimaniose; contra os ditos veterinários que impõe essa primeira medida como se um animal fosse descartável ao invés de tratá-lo. Um bom exemplo é a cinomose que dependendo do momento em que é detectada pode ser tratada e em várias ocasiões vi veterinários recomendarem a eutanásia antes mesmo de tentar o tratamento.

Mas o assunto aqui é outro, como nos prepararmos quando a hora chega. Como ter o desapego de dizer adeus quando realmente é a única saída.

No caso mais extremo, seria a forma de apressar a morte de um doente incurável para evitar um sofrimento maior.

Ainda não passei por isso e tremo só de imaginar se eu tiver que me colocar nessa situação. Honestamente não sei como iria lidar com isso. Recentemente um grande amigo perdeu seu companheiro de mais de 15 anos de jornada, e para "sorte" dele, foi de uma forma natural, pela velhice e o coração dele simplesmente parou de bater, pois não sei se ele teria coragem de dizer que era a hora de deixá-lo descansar.

O que devemos fazer e que está ao nosso alcance é sempre retribuir o carinho e amor incondicional que recebemos desses seres maravilhosos, mas que passam rapidamente pelas nossas vidas, nos ensinando o perdão,  amor e  a superar principalmente as perdas que a vida nos impõe.

Existe um ditado que diz que eles vivem pouco, porque já nascem sabendo o que levamos uma vida inteira pra aprender. Fato incontestável!

Recomendo aos apaixonados por cães como eu, conferir a reportagem na íntegra, que apesar de mexer com nossos sentimentos, pode se fazer necessária, e trata do assunto com uma delicadeza tal que todos nós acabamos por refletir também. Deixo aqui o link.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1681902-15605,00-DONOS+DE+CAES+RECORREM+A+EUTANASIA+PARA+ABREVIAR+SOFRIMENTO+DE+ANIMAIS.html

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PROTEGENDO SEU CÃO - VACINAS

Dono consciente protege seu amiguinho. Segue então o lembrete da lista de vacinas que devem ser aplicadas obrigatoriamente para que seu animal esteja saudável e livre de doenças.







  • Múltipla - Protege simultaneamente contra várias doenças, sendo elas:
  1.  Cinomose:  É um vírus que causa diarréia, vômito e falta de apetite. Atingindo o pulmão pode causar pneumonia até chegar a sua última fase que é a neurológica, causando convulsões e espamos que podem ser fatal.
  2.  Pavovirose: É um vírus também causador de diarréias e vômitos seguidos de perda de sangue. A consequência é a desidratação rápida seguida de morte.
  3. Leptospirose: é causasa por consumo de água contaminada, sendo que os principais sintomas são o emagrecimento, vômito seguido de diarréia. Observar a urina, que pode mudar de cor e se tornar mais escura.
  4. Hepatite: Também provocada por vírus, tras entre os principais sintomas vômito, diarréia e aspecito amarelado na pele, mucosa da boca e olhos.
  5. Coranovírus: Provoca diarréias.
  6. Adenovírus: Pode provocar infecções intestinais, porém de forma mais branda.
  7.  Influenza: É semelhante ao vírus da gripe e causa problemas respiratórios
No primeiro ano, são necessárias 3 doses sendo a primeira por volta de 45 dias de vida, a segunda 30 dias depois e a terceira 30 dias após a segunda dose. Reforço ANUAL.

  • Raiva: Apesar de estar praticamente erradicada no Brasil, essa vacina ainda é exigida por lei e é aplicada anualmente, logo após o término da vacina múltipla, isto é, a partir do quarto mês de vida.
          Reforço ANUAL

  • Gripe: Protege contra a gripe canina. Normalmente é aplicada no início do inverno.
         Reforço ANUAL

  • Leishimaniose: Doença provocada por um parasita transmitido a partir da picada do mosquito palha, tem se tornado o principal motivo do sacrifício de milhares de cães em todo o país, em razão da proibição de tratamento pelo governo e falta de postura com relação a erradicação do mosquito causador da transmissão. Antes da vacina, o animal deve ser submetido a um exame para comprovar que o mesmo não é portador do parasita para que a vacinação seja permitida.
Pode ser aplicada a partir do quarto mês e a primeira vacinação é composta de 3 doses, a cada    30     dias. Reforço ANUAL

  • Giardia: Uma vacina importante, mas que obtivemos a informação que foi retirada do mercardo por problemas de importação. A Giardia é transmitida por um protozoário, em contato com águas contaminadas e fezes de cães e gatos. Na ausência de uma vacina, a melhor indicação é aumentar os cuidados básicos com a higiene. Ela provoca grave infecção intestinal, seguida de diarréias e vômitos.
Fica a Dica!..


 


domingo, 1 de julho de 2012

LEISHIMANIOSE: O MUNDO TRATA, O BRASIL MATA



A revista Semana On Line trouxe em uma das suas edições da última semana de junho uma matéria sobre o direito de Tratar a Leishimaniose. Parece que finalmente milhares de vozes estão se unindo para fazer pressão contrária a que todas as zoonoses do Brasil tem feito nos donos de cães.

Está na hora do governo acordar também e resolver fazer o que é certo: Ir atrás do mosquito e parar de colocar os nossos animais como os grandes vilões.

Sabemos que o mundo inteiro trata e somente o Brasil, toma essa postura de  sacrificar nossos animais, disseminando informações que assustam os proprietários para convencê-los de que essa é a única solução.
Toda vida deve ser valorizada, seja ela qual for.

Vocês poderão ver vários depoimentos de pessoas que tratam os seus cães e de como eles tem uma vida normal e saudável.

A idéia é multiplicar ainda mais esse grito de indignação e conseguir apoio das autoridades para que essa matança acabe de uma vez por todas.

Termino esse post com uma frase importante do Dr. Newton Netto de Campo Grande-MS e que resume todo o sentimento que tenho certeza, não compartilho sozinha:

" Não aceito a utilização do termo "eutanásia" referindo-se à eliminação de animais, sadios ou não, portadores de determinada doença, com o objetivo de controle e erradicação desta. Nesse caso, o termo mais adequado seria "abate sanitário". O termo "eutanásia" limita-se aos casos em que a morte é de interesse do próprio paciente, com o objetivo de eliminar um sofrimento irreversível".

A luta continua, meus queridos amigos cachorreiros. Tenham uma ótima e abençoada semana.

domingo, 15 de abril de 2012

GRAVIDEZ PSICOLÓGICA EM CADELAS



O bom dos animais é que estamos sempre aprendendo com eles, de uma forma ou de outra. Nesse domingo observei que minha pequenina estava com as mamas inchadas e aumentadas. A gente logo se assusta e ligando para sua veterinária ela me mandou fazer uma leve pressão nas mamas e para minha surpresa, estavam cheias de leite.

Ai vem a dúvida: Como isso pode ocorrer se o cio foi em meados de janeiro e ela não cruzou. Simples e assustadora resposta: Gravidez psicológica. Sim, elas tem gravidez psicológica!

Aproveitando a deixa da Duda, segue algumas dicas sobre os sintomas:

- Raspar os cantos da casa ou simular que está cavando
- Ficar sempre protegendo um determinado lugar ou um objeito, ou mesmo um bichinho que ela pode adotar como se fosse seu filhote
- Pode ocorrer também falta de apetite ou a mesma ficar choramingando sem motivo aparente.

É muito mais comum do que pensamos e as estatísticas apontam que praticamente 50% das cadelas tiveram ou terão uma pseudociese ou gravidez psicológica.

Ela ocorre sempre depois do cio provocada por uma alteração hormonal e pode durar duas ou três semanas.

No caso da minha, comecei a observar quase dois meses depois do cio, isto é, praticamente quando ela teria os filhotes se estivesse grávida. Ela também começou a se esconder debaixo de móveis e dormir pesado, pois normalmente mesmo pisando de leve ela acorda para me seguir.

Existem também remédios para interromper esse processo fazendo secar o leite mais rapidamente, que é recomendado quando a cadela fica muito agitada ou agressiva.

O único efeito colateral observado e que nem sempre ocorre, é a inflamação das glândulas mamárias.Nesse caso, se surgirem caroços ou vermelhidão é aconselhável procurar seu veterinário de confiança.

No mais é deixá-la bem tranquila e se ela adotar algum bichinho de brinquedo como filhote é melhor não tirá-lo dela nesse período. Não se esqueça de mantê-la ocupada e brinque o máximo que puder para desviar sua atenção e ajudá-la a passar por esse processo o mais rápido possível.

Mas esteja atenta, se ela começar a lamber muito suas mamas, o que estimula a lactação, a gravidez psicológica pode durar mais que as duas semanas previstas, nesse caso, o aconselhado é iniciar a medicação para normalizar os hormônios e interromper a lactação.

No mais, como todo bom cachorreiro, cuide bem da sua menina.

Uma semana abençoada a todos.