domingo, 29 de novembro de 2009

EUTANÁSIA ANIMAL E O DIREITO A LUTA PELA VIDA


Tenho arrepios quando leio essa palavra, mas ao mesmo tempo enxergo como um assunto doloroso mas necessário, porque todo cachorreiro espera nunca ter que chegar ao uma situação em que essa seja uma opção.

A palavra eutanásia tem origem grega de quer dizer:"morte feliz" (existe?). Polemica quando se trata de seres, não menos pra nós, amantes dos animais.

Legalmente é garantido ao animal uma morte sem sofrimentos, devendo o mesmo ser sedado antes do procedimento final.

Fácil explicando assim não? Mas o que acontece com todo o processo que antecede aquele em que voce escuta do médico veterinário que a eutanásia seria a melhor ou a única opção para aquele ser que se tornou parte da sua família?

A frase de convencimento é: Não é justo deixar seu cão sofrer. Porém, não fazemos isso quando uma pessoa que amamos está em algum quadro que oferece risco de morte eminente ou quando fica paralítico e dependente de nós... Mas isso já é assunto pra muita polemica não?

A questão é, até onde voce iria pra tentar salvar seu cão? Essa tentativa pode ser interpretada como egoísmo em querer manter ao seu lado a custo de muito sofrimento o seu animal que já não tem mais uma qualidade de vida. Mas afinal de contas, o que é qualidade de vida para o próprio animal?

E vemos exemplo todos os dias, de animais que recebem próteses ou rodas para substituir membros extirpados.

Quando procuramos um médico veterinário esperamos que sejam dadas todas as opções de vida possíveis, tal qual é feito com um ser humano, para os nossos animais. Dentro desse contexto, esbarramos em um problema não somente ético, moral ou de sentimentos, mas também financeiro. O custo de uma eutanásia é infinitamente menor do que qualquer outro tratamento que voce precise dar ao seu cão. Muitas vezes a decisão vem pelo lado economico, independente de ter ou não dinheiro para o tratamento adequado.

A pior delas talvez, seja a eutanásia de cunho legal, imposta pelas autoridades sanitárias, sem dar ao dono a chance de optar por um tratamento digno, retirando seu animal muitas vezes a força de sua própria casa. Contra essa eu luto veementemente e com todas as forças que tenho. Me desculpem as prefeituras mas não acredito em morte digna nesse caso. Não vou nem entrar no mérito dos métodos utilizados pois esse seria uma capítulo revoltante e a parte.

Me senti meio egoísta na luta pela vida da minha pequena Mel. Vi o sofrimento dela, e fiz o que pude e o que não podia pra tentar salvá-la. Mas cada vez que eu achava que ela começava a reagir, eu sentia também que ela queria lutar ela queria estar viva.... e isso ninguém pergunta para eles. Eles não podem dizer isso a nós, tal qual uma pessoa que luta contra uma doença até o fim pelo simples valor de estar vivo.

E eu via nos olhos dela, que além do sofrimento ela lutava comigo para estarmos juntas. Essa batalha nos perdemos, mas com certeza no se último suspiro ela me mostrou que tentou, assim como eu.

A morte, assim como os impostos, é um fato inevitável.. sim.. mas acredito que a medicina veterinária tem evoluido para minimizar a dita "morte feliz". Agora ela só precisa estar ao alcance de todos.

Sim.. eles tem direito a vida e a lutar pela vida, por isso SOU CONTRA A EUTANÁSIA ANIMAL.

Tenham uma boa semana!

domingo, 15 de novembro de 2009

O CÃO E A TOXOPLASMOSE: DERRUBANDO MITOS



Informar nunca é demais. Hoje trazemos a grata colaboração da Dra. Luciana Cristino. Espero que todos possam assimilar e divulgar o conteúdo desse artigo.

Em primeiro lugar, vamos esclarecer o que é a toxoplasmose. È uma doença infecciosa provocada pelo Toxoplasma gondii, que infecta a grande maioria dos animais, incluindo o homem. Afeta bovinos, ovinos, caprinos, suínos, aves, cães, gatos, animais silvestres e a maioria dos vertebrados terrestres.
É uma zoonose (doença transmitida dos animais para o homem) assim sendo, requer cuidados com os animais de estimação e várias medidas de controle higiênico-sanitárias.

Muitos profissionais da saúde, ainda possuem algumas dúvidas sobre o ciclo do agente parasita. Os médicos veterinários são procurados frequentemente por proprietários de animais de estimação, a fim de esclarecer diversas dúvidas sobre a doença e seu contágio.

Muito comum na rotina da clínica, são indivíduos chegando alarmados, algumas vezes assustados e em outras já orientados de que devem tomar medidas radicais, como abrir mão do convívio com o seu cão.

Eis o problema, pois os cães são erroneamente tidos como transmissores diretos da toxoplasmose. Muitos médicos e veterinários infelizmente, ainda fazem recomendações baseadas em preconceito e desinformação.

Vamos tentar aqui esclarecer os verdadeiros riscos em relação principalmente aos cães, fazendo-se necessário abordar alguns aspectos do ciclo da Toxoplasmose.

Primeiramente é necessário saber que a transmissão é por ingestão e não por contato com o animal. Precisamos também saber a diferença de hospedeiro definitivo e intermediário.

O hospedeiro intermediário, no caso o cão, apenas abriga o parasita nos seus tecidos musculares, enquanto o definitivo, somente os felinos, elimina-o através das fezes em sua forma não infectante, podendo assim transmiti-lo ao homem.

Cabe salientar que para as fezes dos gatos se tornarem infectantes para o homem, é
necessário em média 3 dias no ambiente, ou seja, hábitos adequados de higiene eliminam essa possibilidade. É muito importante esclarecer também que não são todos os gatos que transmitem o Toxoplasma sp, porque é condição para a eliminação do parasita que o animal esteja debilitado, doente.

O cão, como hospedeiro intermediário, abriga o Toxoplasma sp em seus tecidos. Então, somente em alguns países asiáticos, onde há o hábito de ingerir carne canina, pode ocorrer a contaminação por esta espécie, desde que a carne esteja mal cozida ou mal passada. É comum o indivíduo se infectar pelo hábito de ingestão de carnes de outras espécies em condições de cocção inadequadas. Desse modo, novamente enfatizando, somente o gato pode contaminar diretamente o homem e não o cão.
Porque então nos privar da convivência com nosso amado cão se não gera contágio?

É essencial informar que o principal papel do gato na transmissão está no seu potencial de contaminar o solo com suas fezes. Por isso, a recomendação de sempre usar luvas ao contato com a terra e lavar cuidadosamente frutas e verduras. Aos gatos, não se deve oferecer carne crua por ser também hospedeiro intermediário da doença.

Espero assim ter ajudado a aumentar nosso embasamento quando, daqui por diante, ouvirmos: retire o cão do seu convívio ou algo parecido.

Coloco-me à disposição para maiores esclarecimentos.
Saudações cachorreiras!!!!!!

Dra. Luciana Cristino de souza
lucianacristino.vet@hotmail.com
Graduação e pós- graduação pela universidade Federal de Viçosa

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

FILHOTES


Os pelos e os latidos voltaram para minha casa... e a esperança agora tem um nome: Duda.

Mas depois de tanto tempo sem filhotes em casa, havia me esquecido completamente de como eles podem se parecer com uma pequena criança, com uma diferença: a infancia e as travessuras caminham a passos largos e de repente eu fico pensando que trouxe um pequeno rato para dentro da minha casa.

Eles roem tudo que enxergam pela frente e buscam inclusive aquilo que não está tao à vista assim. A rotina muda e tudo tem que subir pra um lugar seguro... menos os fios das tomadas.

Mas como educar um ser tão pequeno, tão ávido de descobrir e mexer em tudo, mas que pouco entende das broncas (com o coração partido) que damos neles..

Pra ser honesta acabo me dividindo entre brigar e morrer de rir de cada aprontação. Principalmente do ridídulo de correr de suas mordidas nos meus pés, do alto de toda a minha altura em relação a ela.

Existem truques pra deixar seu filhote mais disciplinado? Quem souber por favor... SOCORRO...

Mais que isso, como resistir aquele olhar inocente quando aprontam algo?

Minha pequena Duda está convivendo com os outros dois câes adultos e eles se enchem das brincadeiras de mordida com seus dentes afiados. E aqui entre nós, não posso tirar a razão deles, ela é uma verdadeira pentelha kkkk

Sem dúvida alguma, apesar das traquinagens uma coisa tenho que admitir. Ela trouxe a alegria de volta. Nem de longe vejo essa pequenina como substituta da minha Mel, que estará pra sempre em meu coração, mas reconheço o quanto ela contribui pra tornar minha casa um lugar melhor.

Então, seja benvinda Duda! Minha pequena ratinha.E que alguém me socorra das suas travessuras