domingo, 23 de agosto de 2009

ADOTE UM CÃO




"Cachorro que não late? Cão sem pelo? Pastor miniatura? Se você encontrar cachorros que nunca viu, não os confunda com vira-latas. Pouco comuns no país até o começo da década, algumas raças aos poucos ganham o mercado canino – ou “cinófilo”, como preferem os criadores – por suas características exclusivas, que se refletem no preço. Um cão desses, com pedigree e vacina, pode variar de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Nas próximas páginas, alguns exemplos."

Essa é a chamada de uma reportagem da Revista Época dessa semana que tras o título "Focinhos Novos no Pedaço" e nos faz pensar até onde irá o comercio que explora os corações "cachorreiros".
Sim, porque é triste ver esses seres dentro das gaiolinhas a espera de alguém que se encante com eles e os leve para casa, a um preço nada suave.

É certo que, ao optar para ter um cãozinho é natural procurar uma raça que tenha as características e afinidades que mais combinam com voce ou seu filho, mas que bom seria, num mundo ideal ou perfeito (essa frase seria facilmente pensada pela minha amiga Larinha rss) se não houvesse todo esse comércio. Com certeza haveriam menos animais abandonados.

Porque eu realmente não tenho conhecimento do que acontece com esses filhotes quando não são comprados dentro do tamanho ou tempo ideal e se tornam desinteressantes aos chamados "consumidores". Se alguém souber por favor deixe um comentário, pois isso me preocupa.

Do outro lado da moeda, descobri sites na internet para adoção e vi reportagens sobre pessoas que por iniciativa própria acolhem e cuidam de cachorros abandonados e tentam encontrar novos lares para esses pequenos seres que serão nossos amigos fiéis até o fim.

Existe também um forte movimento que tenta incentivar a adoção em detrimento do comércio cada vez maior dos nossos pequenos amigos.

Chama a atenção, a frase que diz para não confundi-los com um vira lata. Afinal de contas, que mal existe nos vira latas que vamos concordar, tem lá o seu chame?

Vou um pouco mais além e falo que o louco amor do cachorreiro é capaz de atitudes que são julgadas por muitos como pura insensatez, como simplesmente acolher um cachorro que está na rua e levar para sua casa.

Não são poucas as histórias a esse respeito e eu mesma, incentivada pela minha amiga Patty, responsável em grande parte por muito do sangue cachorreiro que corre em minhas veias, me fazendo viver situações das quais não me envergonho, pelo contrário, me orgulho em contar.

Uma delas é sobre uma coker que parecia abandonada e ficava nos rodeando no ponto onde esperavamos o onibus para trabalhar. Ela parecia maltrada com os olhos tristes e a Patricia sempre tentava se aproximar. No sábado a Paty acordou afoita e me fez ir com ela até o ponto para procurar a danadinha (até então não sabiamos se era macho ou femea). Concordei e depois de muito procurar ja estava por desistir e então, do nada, ela surgir, caminhando em nossa direção, como se entendesse que a ajuda que tanto precisava estava por vir.

Já tinhamos dois cachorros em um apartamento não muito apropriado para animais e vou resumir a estória. A Neni (ganhou esse nome de cara) estava toda machucada, sarnenta e sabe-se lá o que mais. Dali fomos direto com ela para uma clínica veterinária onde ficou por 30 dias, e quando saiu direto para o nosso apartamento, ficou claro a incompatibilidade de tamanho e genio para os nossos pequeninos moradores. De pronto conseguimos um lar adotivo (apesar da intensão despistada da Patty em tentar deixar ela em casa - comprou coleira, bichinhos..etc..rss).

Infelizmente ela veio a morrer meses depois, porque na realidade tinha um cancer em fase terminal - o porqueira do veterinario não nos disse - e talvez tenha sido esse o motivo do abandono pelos donos. Mas temos a certeza de que viveu seus últimos dias com amor, pois a moça que a adotou era louca por ela e deu todo o carinho até o fim. Pra nós ficou o sentimento de termos feito além da nossa parte, o nosso dever de gratidão com esses animais que tanto nos dão de ensinamento de amizade e fidelidade.

Por hoje chega né.. Estive ausente porque resolvi ceder a tecnologia e fazer um up grade no meu windows. Conclusão, problemas no meu teclado que estou lutando até hoje kkk.

Antes que eu me esqueça, os cães que ilustram este post na foto não estão disponíveis para adoção e o valor deles está entre os preços salgadinhos divulgados no início da materia. Tudo bem se não temos opção, mas a amizade não se compra e ela vem deles naturalmente, independetemente de preço ou raça.

Cachorreiros, vamos nos unir contra a exploração dos nossos amigos do coração, independente da raça porque mais do que simples bichinhos de estimação eles fazem parte da nossa história de humanização.

Tenham uma semana abençoada!

2 comentários:

  1. Aaaahhh Lizi, no "meu mundo ideal e perfeito" (adorei! Obrigada!) já está incluso o plano de adotar um vira lata adulto! Assim que meu apt. ficar pronto, antes da mudança chegar, marido e eu vamos ao Abrigo de Animais São Francisco de Assis daqui de Salvador. Vamos adotar um cachorro, e ele já tem nome e tudo: Gramphyno, ou Phyno para os íntimos.
    Porém, se nosso coração bater por uma fêmea...aí o negocio complica. Não temos nome definido. Mas poderia ser Brigit Bardô ou Mada (de amada)....
    Vc sabe que eu amo pug, sou alucinada por Sophia, mas meu coração tem batido forte por vira latas. Aquele olhar me mata por dentro!

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  2. Eu acho adocäo um ATO de amor...seja ela de qual naipe for...por aqui o pessoal doa mesmo e os CANIS tem voluntários para APENAS PASSEAR com os caes diariamente...acho super legal, a PEDIGREE ta com uma campanha LINDA ja esta até no YOUTUBE sobre ADOCÄO...abrece esta IDÉIA...Chapeaux Lizi...a IDÉIA TEM TUDO A VER COM O BLOG...adorei o novo lay out também!
    Beijocas
    Moa

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